21 de março de 2011

15 de março de 2011

Uma terra em que já vivi

Por dias vivi em terras distantes daqui, lá os rostos não eram alegres, as eram rústicas, animais não existiam por aquelas bandas e as crianças eram raras de se ver, quando avistava uma pelas ruas estavam sempre a passos apertados carregando algum livro e com uma mochila pesada nas costas. Descreveria o lugar como uma filosofia constante, alguns poderiam dizer como ponto de paz, mas não era, as cores envelhecidas, focas e acinzentadas das paredes não são do tipo que acalmariam alguém, a ausência de animais e plantas faz passar pela mente se ali existe mesmo alguma vida. O tempo ali havia parado para um chá e esquecera-se de voltar, não digo pela ausência de tecnologia, outra coisa que não existira por lá, contudo pelo fato de manter um ambiente de "Era das Trevas".

Filosofar foi o um passatempo elegante, um lugar perfeito para se traçar alguns rumos e traçar idéias das mais diversas dimensões, mas não seria a melhor escolha para se morar, a frieza do ar era sórdida aos mais urbanizados, creio que poucos do campo se adaptariam por lá também.

Uma grande experiência definiria minha vida lá, porém não pude ficar muito tempo, não aguentei os olhares silenciosos que circundavam aquela cidade quase morta.

12 de março de 2011

Chorar

Vejo um rosto angustiado,
Escondido entre as sombras de um quarto
Tentando se esconder dos monstros,
Criaturas que feriram seus sentimentos.
As lágrimas de teus olhos
Escorrem em seu belo rosto,
Parecem rios fluindo em direção ao mar
De perguntas sem respostas,
Num coração que ainda está para despertar.
O mundo parece uma mentira,
As juras eternas não foram cumpridas,
Todos são culpados
Por terem feito qualquer coisa,
Mesmo que seja nada.
A realidade é infeliz,
Os sonhos são infantis,
Mas quem não sonha
Não tem um amanhã para acreditar.
Malditas são as decepções,
Que nada se pode fazer,
Além de em lágrimas se afogar.

10 de março de 2011

Os corpos tornaram-se recipientes, não importa o que tem dentro, a embalagem vende o produto.

Bens de consumo ou pessoas?

Carnaval passou, época de festa e folia, pena que já se foi o tempo em que as marchinhas dominavam todo o país. Hoje, poucas cidades do interior ainda presam a cultura carnavalesca dos tempos de meu avô.

Não sou anticarnaval ou contra outras manifestações culturais, pelo contrário, sou totalmente a favor de folias que levam a entretenimento mútuo, porém as pessoas se vendem nesta época. O ser humano tornou-se um produto de mercado, que precisa ter estética, para ser vendido, em outras palavras, é necessária uma qualidade.

As pessoas tanto tornaram-se produtos que são analisadas pela embalagem, na “pegação” da festa você não quer conhecer o pessoal de alguém. Alguns vão pra curtir, outros vão para encontrar os corpos esbeltos provindos de meses de academias, remédios, bulimia, maquiagem, anabolizantes e até o bondoso viagra. Os corpos tornaram-se recipientes e não importa o que tem dentro a embalagem vende o produto.

A beleza do corpo é algo invejável e eu não disse anteriormente que todos que malham ou fazem qualquer outra coisa fazem isso pra aparecer para terceiros, só contei um fato real que acontece nessas épocas como carnaval, muitos realmente fazem, mas existem ainda os que praticam a atividade física para o bem estar próprio, uma atividade física e mental.

No final o que todos acabam por buscar é uma sensação de alegria ou felicidade, mesmo que mínima.

9 de março de 2011

O que sua presença me faz

O mundo seria um lugar solitário se você não existisse para fazer meus dias melhores. Tudo seria tão vago e sem sentido sem sua presença. Meu grande mundo de sonhos não passaria de ilusões noturnas. A felicidade seria um adjetivo para pequenos momentos e não mais um objetivo de uma vida. Se você não estivesse aqui meus lábios sentiriam a falta dos teus. Os olhos que possuo ficaram cegos com as cores negras do mundo sem você para tingi-lo. Minhas mãos não encontrariam seu corpo e ficaram sós. Sua ausência tornaria todos os lugares apenas lembranças e não recordações de meus melhores momentos. Mas você está aqui e isso já me basta.

7 de março de 2011

Verdade inconveniente

Diários não contam verdades, mostram quem somos, e muitas vezes mentimos para agradar nossos ouvidos. Gostamos de acreditar no que não existe. Aceite quem você é, e abandone a farsa que o esconde. Sabemos que no fundo não somos o que aparentamos. E que a máscara quem nos esconde, não passa do simples medo de não sermos aceitos por alguem. O segredo está na coragem de mostrar o que temos guardado dentro de nós. Você pode até tentar se esconder aí dentro, mas saiba que cedo ou mais tarde eu ei de descobrir a verdade.

5 de março de 2011

Ela

Um dia descobri uma pessoa que marcou minha vida, quando a vi pela primeira vez sabia que o destino tinha reservado algo para nós, seria a melhor de minhas amizades. A mais bela escultura de Deus, inspirada na imensidão de vida na Terra, na luz do Sol e na beleza do Universo.

Alguns momentos são indescritíveis, não importa quantas palavras sejam usadas para descrever-los, são muito complexos até mesmo para serem entendidos. Existe alguém que me fez viver estes momentos, alguém legal para ficar, uma pessoa especial para se amar.

Conheço uma garota que sabe ser humana, ela tem carisma e humildade, linda menina decisiva e de pensamento forte. Teu amor cura todas as feridas, é a brisa confortante do mar vinda para o continente.

Seu mundo é feito de sonhos e esperanças. Decepções também acontecem, mas ela sabe tirar uma lição para o amanhã. Grandes amigos a rodeiam, confortam e amam, ao lado deles são dias repletos de alegrias e sorrisos. Sorriso o teu que me hipnotizas.

Gastaria milhares de palavras para falar de você, mas posso resumir tudo que sinto em apenas uma: amor.

4 de março de 2011

Descobertas

O homem demorou mais de dez mil anos
para descobrir que precisa
da escrita para se comunicar,
da música para dançar,
do Sol para viver,
de um Deus para crer,
dos olhares para seduzir,
mas eu precisei apenas de você para existir.
O segredo de se viver bem está em viver feliz e não em um século de angústia.

3 de março de 2011

A pequena grande intenção

- Mamãe, você acredita em papai Noel?
- Claro que sim. Ele não te traz presente todo ano?
- Sim...Mas isso me fez pensar. Dizem que o papai Noel esta em todos os lugares do mundo, dando presentes. Mas por que as criancinhas mais pobrezinhas mesmo não recebem? Elas são as que mais precisam.
Angela olhava para a filha, sem saber o que dizer. Não podia destruir a inocência da menina, contando que todos os anos era seu pai quem lhe comprava presentes. O que poderia ser dito? O que ela poderia dizer para que o papai Noel continuasse a ser um bom velhinho?

Em meio a todo aquele embaraço, July interrompeu os pensamentos da mãe.
- Parece que você tambem não sabe por que tudo isso acontece, não é mamãe?
Angela suspirou fundo e concordou:
- Pois é...A mamãe tambem não sabe. Olhando triste para os olhos da filha.
- Mas não tem problema mamãe. Esse ano será diferente. Eu tenho um plano. Já escrevi minha cartinha para o papai Noel e deixei um punhado de balas junto com ela. Pedi a ele para que levasse aquelas balinhas pra as crianças mais pobres do bairro. Eu não tenho o suficiente para todas, mas embrulhei 5 balas em cada papel de presente e sei que o velhinho irá entregar a elas.
Imagine mamãe, o sorriso delas quando abrirem os olhos e verem que o Papai Noel esteve na casa delas!

Os olhos de July brilhavam só de pensar na felicidade que aquelas crianças teriam. Afinal, mesmo sendo balas, estavam embrulhadas. E tudo que esta embrulhado é presente. E todos sorriem quando ganham presentes.
- Estou tão feliz por você filha. Abraçou a menina com um enorme orgulho no peito. Estava emocionada de saber que sua filha se preocupava com os outros. A intenção dela, apesar de inutil era linda. Ainda mais para uma criança.

Enquanto a menina a olhava sem resposta, para o motivo de crianças pobres não receberem presentes do papai Noel, mas super feliz por estar presenteando as mesmas com algo. Angela só coneguia pensar: O que vou fazer com essas balas?
O natal deveria ser algo especial para todos. É tão injusto apenas os mais ricos ou com uma situação financeira melhor poderem saborear a mágia de um dia tão incrivel como essa data.
Por isso que Angela, desde sempre gostara mais do ano novo, pois representava o recomeço, uma nova esperança e perspectiva para todos.

Se levantou da cama de july, e sorriu antes de se retirar do quarto. Ela tambem aprenderia isso, e talvez pensasse assim um dia, daqui alguns anos.

Muitas vezes queremos mudar a realidade que nos cerca, temos idéias e boas intenções, mas não temos o poder. Não temos o maldito dinheiro ou titulo para poder ajudar alguem.Muitas vezes nos deparamos com situações muito tristes e então derramamos lagrimas, lamentamos e queremos ajudar, mas muitas vezes não podemos. Ou então estamos passando por algum momento muito difícil e não temos como muda-lo de imediato.
Momentos ruins acontecem com todos. Mas sempre há dias melhores. O amanha costuma ser muito mais belo que o hoje. E você deve ter paciência para esperar.

Só poderia dizer que ...

Já chorei por vê-lo chorar
Já sofri por vê-lo sofrer
Já me perguntei se era realmente o que eu queria
Já o vi nas estrelas
Já vi nosso reflexo no espelho
Já quis beija-lo na chuva
Já quis ir pra bem longe com você
Já tentei impressiona-lo
Já subi num lugar bem alto para pensar em você

Já pedi pra tê-lo
Já conversei com a Lua sobre você
Já tentei contar para as estrelas
Já tentei acreditar que poderiamos dar certo

Mas você se foi
deixou me para trás
E levou consigo todos os meus planos
Levou meu coração
Deixou me a pensar...

Quis trazê-lo para mim,
mas você se foi
E não me levou com você
Agora estou aqui,
somente pensando
no que poderia ser.

2 de março de 2011

Minha única certeza é estar rodeado de incertezas neste mundo de ilusões
São palavras que nos fazem sair de onde quer que estejamos.

Um dia incomum

RMe deparo com uma situação impossivel de se lídar sozinho e sinto que a ajuda de meus amigos seria inútil, mas bem vamos ao enredo:

Um dia, não era dia de semana e nem final de semana específico, era um dia qualquer, comum como qualquer outro, estava a desenhar tranquilo como costumo fazer em horas vagas, até que meu celular toca e sou interrompido, atendo com todo aquele carisma de quem teve sua paz partida em um toque irritante, no outro lado da linha uma amiga chorando. Não é por nada, mas eu não gosto de ver pessoas chorando, fico desconcertado, perdido, não sei o que fazer e acabo falando alguma palhaçada pra "tentar" melhorar a situação, mas sempre a pioro. Não entendi uma letra do que ela falava, porém juntei os fatos: mulher chorando + ligação pra amigo às 1h da madrugada + palavras indecifráveis = briga com namorado idiota. Como um bom amigo, pedi para ela se acalmar, larguei tudo que estava fazendo, saí de casa de MADRUGADA e fui pra casa dela. Os pais dela não estavam, viajaram pra qualquer lugar. Não deu tempo de tocar a campainha ela já vinha abrindo a porta as pressas e me abraçou na rua, o rosto dela estava muito triste, cara de quem chorava a horas, não é de se admirar já que o relógio apontava quase 2h. Entrei conversando com ela e descobri que o marditinho destruidor de sonhos terminou com ela pra namorar a prima dele, por certo amiga dela. A noite ia ser longa. Depois de muito tempo conversando fui fazer algo pra gente comer, um doce pra variar, parecia ser a única coisa que conseguiríamos comer, foi aí que meu problema começou. Enquanto comiamos o brigadeiro na panela consegui fazer-la rir um pouco contando algumas coisas, em pouco tempo parecia que nada do que tinha acontecido que me levou até lá realmente aconteceu, ela estava diferente, percebi facilmente, porém não fui o único, ela também notou. Começou então a dizer algo como: "Wady. Não entendo você. É um amigo, um grande amigo. Hoje entendi que posso sempre estar contando contigo, veja que horas fiz você sair de casa e vir até aqui por uma bobeira minha e você ainda me faz sorrir." Fui tentar falar qualquer coisa, não tive tempo, ela deitou em cima de mim e me beijou. Antes fosse se tivesse parado por aí, porém foi muito além. Não diria que foi um erro ter dormido com ela aquela noite, não foi a melhor coisa que poderia ter feito, mas aconteceu e não me orgulho disso. Ainda não acredito em tudo o que aconteceu, parece ceninha de novela, ela deprimida e sentimental, eu pensando em nada só deixando tudo acontecer e considerando que não sou um cara nada difícil, bem deu no que deu, agente transou. Dias depois estamos um mais confuso que o outro quanto ao acontecido, agente tentara esquecer, mas não é algo que se esquece tão fácil e não queríamos ter nada sério, a decisão que saiu dali não foi boa, nem um pouco. Naquele dia paramos de conversar.

Agora penso, que se eu tivesse outra chance, talvez voltar no momento em que o celular tocou, nem o atenderia ou ainda quando entrei na casa dela, nunca ter feito ela sorrir, mas isso não faz parte de mim, sou um cara que gosta de dar atenção a quem precisa de mim. Perder sua amizade pode não ser o fim de meu mundo, mas é uma parte dele que me foi dizimada, mas uma parte.

Algum dia quem sabe voltemos a nos falar, porém não agora, alguns pensamentos tem de ser colocados nos lugares certos.

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