2 de março de 2011

Um dia incomum

RMe deparo com uma situação impossivel de se lídar sozinho e sinto que a ajuda de meus amigos seria inútil, mas bem vamos ao enredo:

Um dia, não era dia de semana e nem final de semana específico, era um dia qualquer, comum como qualquer outro, estava a desenhar tranquilo como costumo fazer em horas vagas, até que meu celular toca e sou interrompido, atendo com todo aquele carisma de quem teve sua paz partida em um toque irritante, no outro lado da linha uma amiga chorando. Não é por nada, mas eu não gosto de ver pessoas chorando, fico desconcertado, perdido, não sei o que fazer e acabo falando alguma palhaçada pra "tentar" melhorar a situação, mas sempre a pioro. Não entendi uma letra do que ela falava, porém juntei os fatos: mulher chorando + ligação pra amigo às 1h da madrugada + palavras indecifráveis = briga com namorado idiota. Como um bom amigo, pedi para ela se acalmar, larguei tudo que estava fazendo, saí de casa de MADRUGADA e fui pra casa dela. Os pais dela não estavam, viajaram pra qualquer lugar. Não deu tempo de tocar a campainha ela já vinha abrindo a porta as pressas e me abraçou na rua, o rosto dela estava muito triste, cara de quem chorava a horas, não é de se admirar já que o relógio apontava quase 2h. Entrei conversando com ela e descobri que o marditinho destruidor de sonhos terminou com ela pra namorar a prima dele, por certo amiga dela. A noite ia ser longa. Depois de muito tempo conversando fui fazer algo pra gente comer, um doce pra variar, parecia ser a única coisa que conseguiríamos comer, foi aí que meu problema começou. Enquanto comiamos o brigadeiro na panela consegui fazer-la rir um pouco contando algumas coisas, em pouco tempo parecia que nada do que tinha acontecido que me levou até lá realmente aconteceu, ela estava diferente, percebi facilmente, porém não fui o único, ela também notou. Começou então a dizer algo como: "Wady. Não entendo você. É um amigo, um grande amigo. Hoje entendi que posso sempre estar contando contigo, veja que horas fiz você sair de casa e vir até aqui por uma bobeira minha e você ainda me faz sorrir." Fui tentar falar qualquer coisa, não tive tempo, ela deitou em cima de mim e me beijou. Antes fosse se tivesse parado por aí, porém foi muito além. Não diria que foi um erro ter dormido com ela aquela noite, não foi a melhor coisa que poderia ter feito, mas aconteceu e não me orgulho disso. Ainda não acredito em tudo o que aconteceu, parece ceninha de novela, ela deprimida e sentimental, eu pensando em nada só deixando tudo acontecer e considerando que não sou um cara nada difícil, bem deu no que deu, agente transou. Dias depois estamos um mais confuso que o outro quanto ao acontecido, agente tentara esquecer, mas não é algo que se esquece tão fácil e não queríamos ter nada sério, a decisão que saiu dali não foi boa, nem um pouco. Naquele dia paramos de conversar.

Agora penso, que se eu tivesse outra chance, talvez voltar no momento em que o celular tocou, nem o atenderia ou ainda quando entrei na casa dela, nunca ter feito ela sorrir, mas isso não faz parte de mim, sou um cara que gosta de dar atenção a quem precisa de mim. Perder sua amizade pode não ser o fim de meu mundo, mas é uma parte dele que me foi dizimada, mas uma parte.

Algum dia quem sabe voltemos a nos falar, porém não agora, alguns pensamentos tem de ser colocados nos lugares certos.

Um comentário:

  1. Deve ser tão confuso o que você esta sentindo...fico até confusa para comentar, uma vez que eu não saberia como reagir a isso. Boa sorte!
    http://claudiaalvesinteriores.blogspot.com/

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