31 de agosto de 2011

Asas de anjo




Estou em casa com meu violão,
Distraído, longe de meus problemas,
Nada parecia existir fora dali,
Era um transe do qual queria viver para sempre.

Dias atrás minha vida foi abalada,
Minhas asas foram arrancadas de mim,
Agora não posso mais voar,
É como se tudo tivesse perdido o sentido,
Sinto saudade daquela sensação de liberdade,
Ir aonde outros jamais foram.

Agora estou aqui com meu violão,
Dedilho sobre teu corpo,
Uso da voz e deslizo minhas mãos sobre suas cordas,
Mas não é a mesma coisa,
Não é o mesmo sentimento.

Imagino cenas de outros mundos, é inevitável
Lembro dos meus momentos de liberdade com elas,
Um toque macio sobre meu corpo,
Penas que me envolviam e esquentavam,
Mas que agora se foram.

Um dia irão crescer novas asas,
Mas que jamais serão como estas.
O que mais me dói é a saudade,
Saudade da liberdade,
Das emoções enquanto voava,
De seu toque macio em meu corpo.
Era como um anjo que eu sempre cuidava.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Outras postagens