3 de agosto de 2011

Doce ilusão

Lucia acordou cedo aquele dia. Tirou seu pijama, e deitou-se novamente, enquanto num dava a hora do almoço. Ficava trancada no apartamento durante o diatodo. Preferia não sair. Não tinha um namorado para apresentar ás amigas e tampouco tinha amigas. Mas ela gostava de ficar sozinha. Sua imaginação era uma companheira fiel. A companheira que criava companhias perfeitas para ela.
Gostava de acordar e passar um bom tempo na cama, vivendo um sonho enquanto sonhava acordada. Virou se para seu lado direito,deslizou sua mão pelo lençol da cama e ficou imaginando seu namorado ali a seu lado, a abraçar-lhe e acariciar-lhe o cabelo ao mesmo tempo. Se encolhia enquanto pensava. Ele não era um homem perfeito, apesar de ser imaginario. Mas era alguem com quem valia a pena estar junto. Era o homem que ela sempre imaginava que estava ao lado dela. Aquele que lhe fazia companhia a qualquer momento, não importava qual fosse o problema. Aquele que lhe abraçava todas as vezes que sentia medo e que limpava suas lagrimas quando chorava, de tristeza ou de alegria.
E ali ficava. As vezes olhava para o relógio ao lado da cama e via que era uma hora inadequada para estar deitada e que devia fazer outras coisas. Mas pensava: Deixa que o futuro fica pra depois. E esse depois ia se prolongando mais e mais. E assim cada milésimo se transformava em segundos, que originavam minutos, que se tornavam horas. E no instante em que estava no presente, já não estava mais. Porque um minuto do presente se passava e já era passado.
Mas ela não se importava. Adorava as companhias e a vida que criava com a mente. Talvez estivesse perdendo tempo ali deitada, imaginando uma vida. Mas não ligava, pois gostava de viver o imaginario.
Era uma realidade mais bonita do que a realidade que as pessoas que a ignoravam viviam.
Olhou o relógio. Com muito custo, decidiu levantar-se para preparar o almoço. Assim como seu corpo tinha fome de bem estar emocional, seu estomago tambem tinha fome de alimentos.
Quase chorava. A vida que levava fora da mente, era triste, e por isso quase chorava. Mas então surgia seu namorado imaginario, o verdadeiro homem ideal e fazia lhe companhia. Fazendo da sua vontade de derramar lagrimas evaporar. Ele a fazia feliz. E era assim que Lucia vivia.

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