21 de janeiro de 2011

Última carta (Pensamento noturno I)

Guardo fotografias de nossos momentos, guardo todos os desenhos que fiz de ti, junto também guardo todos os poemas que escrevi unicamente para você. Tudo protegido naquela mesma caixa de madeira que me deste em nosso segundo aniversário, resguardado a cinco palmos abaixo da raiz da arvore com nossos nomes, a mesma em que te beijei pela primeira vez. E lá ficara esperando por ti.
Sei que nesta vida já não serás mais possível, entretanto não deixarei tudo passar em vão sem que alguém conheça-nos, ficara lá até que alguém encontre e possa contar a história de nosso amor. Então você voltará à vida, com as imagens de teu lindo corpo e as palavras feitas para ti. Você revivera nos corações dos apaixonados lunáticos e platônicos.
Tua existência será contada do ocidente ao oriente e todos saberão, que algum dia, um poeta cedeu teus dons aos encantos de uma deusa mulher, um desenhista gastou horas de trabalho para traçar as mais belas obras de um lindo corpo.
Obrigado pelos mais belos dias.


                                                    De: um poeta que desenha
                                                    Para: uma cova já não mais solitária

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Outras postagens