22 de fevereiro de 2011

Luta pela democracia

Recentemente os meios a mídia transmitiu a todo o mundo a luta do povo egípcio pela democracia, querendo estar livres da ditadura. Após muitos dias de luta e cerca de 360 manifestantes mortos, o ex-ditador Hosni Mubarak cedeu a pressão do povo e deixou o governo nas mãos dos militares, a quem o povo agora confia e comemoram a liberdade. O governo simplesmente não se rendeu houve muita luta, porém não existe nação se o povo for esmagado. Um dos fatores que também influenciaram na queda da ditadura foi a pressão internacional sobre a violência no Egito. A conquista do país pela democracia levou populações de mais uma meia dúzia de países árabes a protestarem contra o governo, na maioria deles as manifestações são pacíficas, porém na Líbia não está ocorrendo bem assim. A força militar da Líbia sob as ordens do ditador Muammar Gaddafi, abriu fogo por terra e pelo ar contra o povo, exatamente, a resistência do governo está irracional e mandaram aviões bombardearem a população. O ditador diz estar disposto a causar uma guerra civil a entregar o governo ao povo.

As ditaduras são marcantes na história de dezenas de países em todo o mundo, o Brasil já foi um destes casos. Não tenho conhecimento de nenhum país em que a ditadura trouxe louros a população, em maioria foi pobreza, censura da mídia, torturas e mortes, desgraças em geral. E, mesmo assim, várias nações pelo mundo se entregam ao regime que as impedem de ser livres, que as mantem presas e as força ser uma monocultura, faz o povo sofrer, mães perderem seus filhos e pessoas de todos os sexos e idades chorarem perante os túmulos das dezenas e centenas de mortos feitos a cada semana. A economia cai, a política treme e os militares, apesar de pressionados, fingem que nada acontecem e mentem todos os dias ao povo. A religião perde qualquer razão, mas ainda possui a fé nas palavras secas cuspidas ao vento, inútil tentativa de se parar um canhão com flores. Mas ainda existem regimes ditatoriais, e não são poucos, são dezenas de países em todo o mundo.

Histórias são contadas de homens e mulheres que deram suas vidas lutando pela liberdade do povo de seu país, todos agora mortos ou deportados se escondendo das armas de sua própria terra natal. Não são estas batalhas perdidas, mas são incentivos a mais pessoas se unirem para derrubar a opressão política. Isto é mais um lição de que agir sozinho não trás a liberdade, mas trás atitude e revolta a um povo que precisa reacender aquela chama da esperança. Não serão pequenos grupos manifestantes que derrubaram governos, mas de cidade a cidade é possível aumentar essa massa e reconquistar a liberdade do país. Antes fosse tão fácil ir lá e fazer quanto aqui digitar, mas todos sabem que não é. É preciso, tragicamente, que sangue manche as ruas, o vermelho de quem manda e de quem é mandado, somente assim que hoje as nações conseguem sua tão sonhada liberdade.

O grande problema em se criar uma revolta é convencer as pessoas a saírem de suas vidas tecnicamente seguras e pararem perante uma fileira de tanques de guerras conforme fez um jovem estudante chinês nos dias da pressão na China, é preciso mais do que coragem, é preciso mais do que esperança e o motivo que levou tantas pessoas a cometerem atos impensáveis foi a revolta contra atitudes de ditadores que massacraram companheiros, o que leva pessoas a guerra é o sangue manchando o asfalto.

Não digo isto em favor do sacrifício, mas em certas situações parece ser a única coisa que abre os olhos do povo para o real motivo que enfrentam.

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