17 de dezembro de 2010

Direitos de trabalho e quem os merece.

O ser humano é uma espécie animal racional, aliás, a mais desenvolvida de nosso planeta, inventamos a mecânica e a eletrônica, depois veio a mecatrônica,  unimos as máquinas aos microchips e aparelhagens elétricas, tudo para facilitar o trabalho do homem. Criaram-se direitos trabalhistas e milhares de estudos sobre trabalho, que agora vira uma ciência (ciência do trabalho). Máquinas e eletrodos vêm se adaptando aos homens, ou melhor, vem se criando aparelhos que sejam flexíveis ou compatíveis com o trabalhador na área ou setor. Todavia, foi dito anteriormente “hoje”, pois desde a Revolução Industrial quem teve que se adaptar as inovações tecnológicas foram os funcionários das empresas capitalistas e exploratórias que construíram as sociedades consumistas que vivenciamos.
Com a explosão da produção industrial de larga escala na Inglaterra os camponeses largavam suas casas no campo para ir aos pólos urbanos produtores com fim de trabalhar, em busca da ilusão de uma vida melhor, a realidade era que quando chegavam ficavam logo desempregados e, por assim, sem grana, alimentação e moradia, pegavam então a primeira oportunidade de emprego. Eram explorados, trabalhavam dois terços do dia para ganhar uma merreca de salário sem benefício algum. Tinham medo dos patrões, dos equipamentos de trabalho mutiladores de membros, das ruas que viviam, da polícia que abusava do poder, dos ladrões e mendigos, porém, o maior medo estava em não ter como sustentar suas famílias.
Deparamos no dia a dia de trabalho com pessoas reclamados que seus chefes são podres e idiotas, que são exploradas, suas empresas são nojentas, as condições de trabalho precárias. Muitas têm razão de reclamar, pois parecem ainda estar vivendo plena Revolução Industrial, mas outras são daquele tipo que ficam sentadas, trabalham mal, saem 10 minutos antes do horário de almoço, voltam e ficam dando um tempo no vestiário, batem o cartão voltam pro vestiário para então colocar novamente o uniforme, este tipo de gente apenas abraça a idéia daqueles que trabalham duro e se matam no dia a dia de trabalho para garantir o sustento mínimo de sua família. Concordaria com estes hipócritas ambiciosos se eles fizessem isto em pró daqueles que mais precisam, porém existem casos e casos de folgados e ”reclamões” passarem por cima de pessoas que cumprem com seus direitos, para receber um benefício de que não possui nenhum direito ou motivo para recebê-lo.
A ética vai além da questão social como um todo, ela existe em todas as sociedade, pequenas ou grandes, isto se aplica as organizações, já que são um local de convivência de pessoas com culturas, idéias e ideais diferentes. Ética empresarial ou trabalhista, seja qual for o nome, é essencial em qualquer empresa, as pessoas devem prestar respeitos aos seus superiores, encarregados e de mesmo nível na hierarquia organizacional. Deve se ter humildade e saber que seus direitos só são realmente direitos caso cumpra-se com as obrigações, caso contrário é dinheiro dado e logo mais haverão conseqüências, pois empresa alguma dá dinheiro a funcionário sem motivo.
Existe uma longa história de luta por trás do que hoje são as leis trabalhistas, muitas pessoas deram, literalmente, suas vidas para que pessoas possam ter benefícios por cumprirem seus deveres com sua empresa, entretanto muitos “cospem na cara” das leis, sejam patrões ou funcionários, sentem que merecem mais e atropelam aqueles que deram mais duro no trabalho. Isto é tudo uma falta de respeito com qualquer um que gasta o suor ao trabalhar. Porém não podemos julgar quem merece mais ou menos olhando na cara da pessoa, nem vigiar cada minuto de trabalho, o realmente preciso é conscientizar as pessoas que devem respeitar o próximo, tanto em serviço quanto em sociedade, que todos possuímos os mesmos direitos e se cumprimos corretamente com nossos deveres iremos conseguir-los. O trabalhador tem que sentir-se familiarizado com a empresa, assim ele trabalha melhor e não ficar encostado em um canto contado os segundos no relógio para sair ao almoço. Todos somos merecedores de direitos, mas façamos jus a eles.

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